quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Sovaco de Cobra visita o choro de Avendano


Em 2015 o trio de choro Sovaco de Cobra terminou uma pesquisa musical destinada a difundir a obra do cavaquinista Avendano Júnior. Desde 2011 houve um trabalho em comum do trio pelotense e do Regional Avendano. Nesse tempo também houve o fechamento do Bar Liberdade e a morte do líder e compositor do Regional (v. trecho do documentário O Liberdade), mas a pesquisa continuou, e ainda foi coroada com a participação estelar do Trio na reabertura do antigo Teatro Esperança, na cidade de Jaguarão, em 28 de novembro passado.

O projeto "Sovaco de Cobra Trio visita Avendano Jr", financiado pelo fundo Procultura, incluiu um documentário (Nota Azul Produções, 18 min, confira acima) que registrou a história do projeto e mostra duas músicas completas interpretadas ao vivo pelo conjunto, em Jaguarão: "Era só o que flautava" e "Mimoso" (ouvem-se também trechos de: "Não me queira mal", "Vim te ver", "Liberdade" e "Caramba"), todas de Avendano. Confira também o show do grupo em 29 de outubro de 2015, Rio Grande (59 min, vídeo abaixo),

Gil Soares (flauta), Jucá de León (pandeiro) e Silvério Barcellos (violão) formam desde 2006 o Sovaco de Cobra Trio, que soa como uma orquestra e bem poderia funcionar como um embaixador cultural do Brasil. O nome foi tomado do bar carioca Sovaco de Cobra, conhecido nos anos 60 e 70 como reduto de choro da Velha Guarda (v. histórico no Dicionário Cravo Albin e no artigo de Juliana Rabello). A estranha expressão alude a uma coisa que é difícil de ser achada (o bar era pequeno e ficava numa rua de subúrbio, numa ladeira da Penha).