segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Preservamos os prédios mas os tapamos com fios

Esta é uma imagem que não deveria ser publicada, se quiséssemos valorizar nossa cidade e os visitantes que por ela se interessam. Todo fotógrafo, do mais especializado ao menos profissional, busca um registro do melhor ângulo, de modo a ter uma lembrança para si ou para outros, para quem já conhece Pelotas ou para quem pode vir a conhecê-la.

No entanto, é somente fazendo uma denúncia explícita que as autoridades e o público podem dar-se conta de uma de nossas falhas. A popular "igreja cabeluda" é nosso cartão turístico mais emblemático, cujos coloridos muitas pessoas observam segundo a estação do ano. Mas, ainda que o céu azul colabore, não é nada fácil ter esse souvenir visual do ângulo certo para que nenhum fio de eletricidade apareça.

Esta fotografia do centenário templo anglicano não foi rebuscada para mostrar o seu lado feio. Ao contrário, é essa a visão que se tem da calçada oposta. Melhores imagens podem ser tomadas do meio da rua - mas sob perigo de atropelamento - ou desde algum edifício próximo.

Este problema se repete por todo o centro histórico de Pelotas, justamente o lugar de maior interesse turístico e onde a fiação elétrica também se encontra num estado histórico, da época em que as casas com eletricidade ainda eram minoria.
Foto de F. A. Vidal

2 comentários:

Gustavo disse...

Realmente, tentei de várias formas fotografar este belo cartão postal de Pelotas, mas foi impossível ter uma foto de qualidade devido a quantidade de postes e fios que ocultam a beleza da edificação, uma pena.
Gustavo Batista aprendiz de fotografo

Francisco Antônio Vidal disse...

Uma sugestão é se afastar o bastante para que os fios não se vejam bem, ou buscar ângulos novos, como fotografar da Anchieta, de edifícios vizinhos ou de dentro do terreno (o padre autoriza).